28.2.11


"Quando uma mulher sofre em silêncio 
é porque está sem crédito no celular."

27.2.11

A sutil diferença entre dar o melhor de si e perder a identidade na relação...


Por que tantas pessoas reclamam que fazem todas as vontades do outro e não são valorizadas por isso? Rosana mostra que ceder sempre ou dizer sempre "sim" não é a melhor maneira de conquistar o outro!

Você também já deve ter ouvido alguém contar (porque eu já ouvi várias vezes) sobre o fato de ter dado o melhor de si num relacionamento e, mesmo assim, ter-se dado mal.

Em geral, a queixa de homens e mulheres "bons demais" é a seguinte: "fui muito dedicado, fiz tudo o que o outro quis e não fui reconhecido. Estou cansado de me doar completamente nos relacionamentos e sofrer. Não entendo por que as pessoas dizem que querem encontrar alguém legal e, quando encontram, simplesmente não dão valor"... e por aí segue a descrição de uma dor que é realmente dilacerante, mas cujos motivos não são bem esses relatados!

Acontece que pessoas que se doam demais, que fazem tudo o que o outro quer são aquelas que, muito frequentemente, ainda não se deram conta da enorme importância que sua individualidade tem na relação. Ainda se equivocam ao acreditar que para serem amadas precisam ceder sempre, aceitar tudo e simplesmente se anular em função dos desejos da outra pessoa. Enganam a si mesmas acreditando que agem por amor.

Quem nunca se coloca, quem muito pouco discorda do outro, quem quase nunca expressa uma vontade que seja adversa, não faz isso por amor e, sim, por insegurança, por medo de que o outro não tolere ser contrariado e o deixe. Ou seja, estamos falando de uma auto-estima fragilizada, que precisa ser resgatada, alimentada e, sobretudo, auto-reconhecida.

É preciso que essas pessoas percebam que existe uma sutil diferença entre dar o melhor de si e se perder, perder sua própria referência num encontro de amor. Quem vai deixando de mostrar o que incomoda, quem vai deixando de falar sobre o que desagrada, vai se identificando e se misturando com o outro a ponto de se tornar uma espécie de reflexo dele.

E convenhamos: se realmente fosse bom se relacionar com o reflexo da gente, casaríamos com o espelho de casa e seríamos felizes para sempre. Mas ninguém quer isso! Embora a gente procure semelhanças e gostos parecidos no ser amado, queremos e precisamos das diferenças para que o relacionamento cresça, amadureça, engrandeça os dois. Admiramos o que é diferente de nós, aquilo que pode nos transformar em alguém melhor; queremos conquistar o que nos parece um tesouro que ainda não temos.

E veja bem: não estou falando de fazer joguinho de difícil e nem de se colocar aos gritos, impondo suas vontades. Estou falando justamente da arte de encontrar o equilíbrio. Estou falando da encantadora dança do amor, que nada mais é do que a harmonia entre avançar e recuar, com leveza, inteligência, atenção, disponibilidade e, acima de tudo, capacidade de começar de novo ao errar...

Resumindo: quem sempre diz "sim", vai se dar mal. E quem sempre diz "não", também. O segredo é ceder às vezes e ser mais firme em outras, mas sempre - sempre! - mostrar ao outro qual é sua vontade e ouvir qual é a dele. Assim, quando você ceder, ele poderá reconhecer para que, numa próxima ocasião onde a diferença aparecer, ele possa ceder também. E se isso não acontecer, ou seja, se um terminar cedendo sempre, que vocês possam conversar e pontuar esse desequilíbrio.

Porque, de verdade, quem vive uma série de relacionamentos e sai delas com a sensação de quem nunca é valorizado, certamente está perdendo sua identidade, está se transformando numa companhia sem atrativos, exatamente porque decidiu (na maioria das vezes inconscientemente) ignorar seus predicados para enaltecer somente os predicados do outro. E assim, foi perdendo seu brilho, seu encanto, sua singularidade e também abandonando as características que, paradoxalmente, atraíram a pessoa amada...

Se você tem sofrido e se sentido injustiçado por ser "bom demais" e não receber em troca nem o amor que achava que merecia por tanta compreensão e dedicação, sugiro que comece a olhar um pouco mais para si e se perguntar: "o que eu realmente quero?", mesmo que o tema seja simplesmente escolher o sabor da pizza. E especialmente quando esse desejo for importante, faça-o valer e não desista dele!

Em qualquer relacionamento, para o sucesso ou o fracasso dele, quem você for ou quem você deixar de ser é o que mais vai fazer a diferença! E se vai dar certo ou não, uma verdade é soberana: só vai valer a pena se você tiver conseguido ser você mesmo, ao menos na maioria das vezes!


 
 
 
 

25.2.11

Alguns dias depois do dia D


De fato, ela não é a mesma!
Aconteceu ainda pela manhã e quando se deu conta, quase perdeu o horário de entrada no trabalho. 
Chegou linda, de bochechas rosadas com largo sorriso estampando-lhe a face. O brilho nos olhos não escondia a felicidade e a constatação do que ouvirá um dia. Suas mãos ainda trêmulas, assim como todo seu corpo, demonstravam horas e horas de prazer sentido. 
Ah!... e como era bom fita-la! 
Contava tudo com empolgação e riqueza de detalhes, que só de ouvir e imaginar, já provocava um certo calor e saudade do fato assim também vivido. 
Nem todos que a ouviam sabiam e sentiam o real valor de suas palavras. Só uma. Alguém que também já se viu assim e se permitiu passar pela mesma história. 

Foi beijada, degustada, sugada e bebida como nunca antes. 
Agora aguarda, ansiosamente, as próximas doses salutares...

21.2.11

Há dias...


Há dias em que te amo...


E em outros...

também!

O poder e a força do diálogo



E pensar que uma relação tão sólida, tão bonita de ser sentida, tão gostosa de ser ouvida, deu espaço a dúvida, sensação de impotência e a insegurança. A correria do dia a dia, a firmeza nas atitudes e a postura que de um dos dois era cobrada, interferiu no sentimento. Eram cobranças e reclamações demais. Deixam de ser como amantes e amigos que sempre foram. Agora passam a ver defeitos e acentua-los ainda mais. A química na hora de fazer amor não acontece. A admiração e o respeito passam longe. Decide-se pelo diálogo. Isso depois de um certo tempo de amargura e sofrimento. Não estava bom pra ambas as partes. Palavras duras foram ditas, por um e por outro. A simples presença era motivo de incomodo.
D-I-Á-L-O-G-O!
Esclarecimentos de dúvidas, conversa adulta , sem medo do que podiam ouvir um do outro. Deixam fluir. No tom da voz e no olho no olho vê-se a necessidade que um tem do outro. As mãos se tocam e o coração dispara. Parecem adolescentes. Apontam o que lhes vem desagradando. Reconhecem-se erros e falhas, percebem-se trazendo problemas e posturas tomadas no trabalho pra casa, pra cama...
Desfeita a muralha que os afastava, que os isolava, descobrem-se mais uma vez, no sabor do beijo, no calor do toque, na destreza do olhar. Seus corpos se entrelaçam. São um só agora. Seus corpos nús e emaranhados se amam de uma maneira intensa e profunda.

E pensar que a falta de diálogo quase pôs tudo a perder...

O dia D



Assim que acorda toma uma bela chuveirada
Usa seu melhor perfume
E se prepara pra o melhor encontro de sua vida
(é bem verdade que ela ainda não sabe disso)
Veste-se de maneira simples e a vontade
Tão a vontade que dispensa qualquer outra peça que não seja seu vestido, da cor dos olhos
Excita-se de imaginar a chegada dele
Suas mãos transpiram
Sua garganta seca
Seu coração dispara
Prepara-se para a entrega a algo inimaginável
Sensações inexplicáveis a aguardam
Ele chega
Ela, sem jeito, não sabe como agir
Ele a envolve, beija-lhe ardentemente. Sua mãos lhe percorrem todo o corpo. Ele sente o pulsar dela. Se desejam... se entregam...

E ela nunca mais foi a mesma!

Amizade e desabafo



Eis o que nos une e reúne
Pra comemorar
Pra bebemorar
Pra nos  descobrir
Desabafos e brincadeiras
E entre um gole e outro
Entre um riso e um sorriso
Nos entregamos
Contamos nossas loucuras mais secretas
Contamos as oportunidades que nos foram dadas e perdidas
É sempre bom ter gente boa por perto
É sempre bom descobrir que os pesares que te incomodam não são unicamente sentidos por você
As histórias são muito parecidas
Romantismo
Conquista
Carinho
Paixão
Entrega
Amor
Convivência
Promessas
Desilusões
Vazio
Apatia
Covardia
Decepção
Tristeza
Solidão a dois
Decisão
Atitude
Choro
Solidão
É aí que entram as amigas.
Com elas descobrimos que isso tudo não acontece só com a gente. É muito mais comum do que imaginamos. Tão bom saber que temos com quem contar! Claro que com o tempo a dor e a angustia passam, outros sentimentos tomam conta. Até que estejamos prontas pra novas experiências... novos amores, novos erros! 

Rs... e assim seguem nossas reuniões!


20.2.11

Um pouco de mim...



Depois que postei Nessa vida há todo tipo de gente... fiquei pensando nas pessoas do meu convívio e até em mim mesmo. É tão interessante observar isso. E acredite, a diversidade é imensa! Tenho comigo pessoas que, insatisfeitas com a profissão, mudaram radicalmente, com coragem e ousadia. Outras, insatisfeitas com o próprio corpo, não exitaram em 'entrar na faca' e mudar o que lhes incomodava. Tem as que demonstram amor fazendo um apetitoso prato. Outras, demonstram isso com uma folha de cheque. E ainda há aquelas que num abraço e num olhar te dão tudo isso. Tem o “te amo viu?” que é uma delícia de ser ouvido. Sentido então nem se fala! Tem as que ficam por meses e até anos sem dar notícias mas que, magicamente, quando nos encontramos, continuamos de onde paramos. Tem as que cobram uma visita e as outras que simplesmente deixam fluir. Tem quem liga só pra perguntar se está tudo bem. Tem a que sai e não deixa um bilhete dizendo onde vai, mas que quando chega e não encontra um, liga cobrando.Tem aquele que só te liga a cobrar. E tem também aquele que tudo que você diz solta uma imensa e gostosa gargalhada. Tem aquele que você faz confidencias e aquele que te cobra confidencias. São pais, mães, artistas, fisioterapeutas, biólogos... tem gente aposentada, carente e os que estão doido pra aposentar. Tem estudante, professor, mestre e doutor, tem um que pilota navio e que deixa uma imensa saudade quando parte.

E acredite, tenho em mim um pouco de cada um deles.

Isso é mágico... é divino!