30.8.11

Dores


Ainda me acostumo com elas
Há quem diga que isso é péssimo
Resolvi, então, não mais reclamar
Já que há quem diga que reclamar é clamar duas vezes
E por falar em vezes
Vez ou outra elas surgem
Dão o ar da graça
Vem e vão
O simples toque me embarga a voz
Me escurece a visão
Mas eu suporto
Sou forte
Aprendi a ser
E pra não dizer que sou chorona
Travo o travesseiro nos dentes
E aperto bem os olhos

E quanto a você?
Tem dores?
Fale-me de suas dores
Onde dói?
No corpo?
Na alma?
Dizer, de alguma forma, ameniza e as vezes até extingue toda dor que o acompanha
Assim como eu, não se acostume com as dores
Não permita que faça parte de seu dia
Não permita que faça parte de você!

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