3.11.11

Ele sempre fez isso

Como gostaria que fosse possível passar aqui toda emoção sentida.


Era um restaurante eu acho. Dia de casa cheia. Só entrei para falar com o dono, que era muito meu amigo. Precisa de um favor. Mas isso não vem ao caso agora.
Fui surpreendida com um suave toque nos ombros e uma voz que sempre me amoleceu as pernas. 
Era ele. 
Ao me virar deparo com um largo sorriso nos olhos e nos lábios. Sem que eu nada dissesse me tira pra dançar. Incrível como ele sempre que fez isso me deu a sensação de simplesmente flutuar.
Morri de vergonha. Todos a nos olhar.
Tocava a nossa música.
Ele me girava, me abraçava, me inclinava para trás.
Eu mal podia acreditar. Não sei dançar, nunca soube. Nunca levei jeito pra coisa. Mas com ele era diferente. Aquilo era me conduzir. Nossa sintonia  sempre foi imensa. Sempre foi.
Um não sabe, até hoje, o nome do outro. Nunca tivemos tempo pra isso. Quando a musica acaba é como se voltássemos aos nossos corpos, à nossa realidade.
Ele me deixa exatamente onde me pegou.
Fomos muito aplaudidos.
Eu ainda sem acreditar e sem saber o que dizer me recordo de todas as outras vezes que isso nos aconteceu, como num flash.

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