27.7.11

Essa aí sou eu...

Num dos papéis que interpreto, converso com pessoas de todo tipo, credo, cor e classe social. Pessoas que fazem o resumo de suas vidas e contam, me olhando nos olhos, toda sua trajetória. Contam suas mazelas. Entregam-se ao choro. Demonstram e assumem suas fragilidades e todo o sofrimento que carregam consigo.
Preciso me fazer e me manter forte. Uma postura um tanto difícil pra mim.
Enquanto as ouço me identifico, e muito, com suas histórias. As vezes como vítima, as vezes com algoz. Conheço muitas das dores, das feridas e cicatrizes que me são relatadas.
Não esmoreço em momento algum enquanto cumpro meu papel. No entanto, quando me encontro sozinha, como agora por exemplo, me pego fazendo uma retrospectiva da minha vida. Em tudo que já fiz, em tudo que já quis, de tudo que passei. Não sei ao certo, se por eu ser otimista, acho até que o saldo seja positivo. Mas dizer que esqueci completamente os tropeços que dei e as pessoas que magoei, isso não!
Cada vez que ouço histórias que me fazem lembrar capítulos tristes, sombrios e sórdidos da minha história, me reporto em cada uma delas. Luto e reluto em aceitar, em me olhar no espelho e dizer “Essa aí sou eu!”
O tempo fez e me mostrou a necessidade de me perdoar, de me melhorar.
E é só por isso que sigo em frente!

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