2.6.11

Loucura


Em dias como estes a loucura se perde em mim. Sim, é isso mesmo, não sou eu que me perco nela e sim, ela que irresistivelmente se achega a mim. É ela que se aproxima de mansinho e torna meu entardecer sombrio. Meu anoitecer então nem se fala. Povoa minha mente com idéias tão loucas, que chego a temer a realidade do que vejo e ouço no vazio do meu quarto.
O sono, o dormir, aquietam minha mente e minh’alma. A cada segundo acordada a perversidade me domina. Me entrego a devaneios que não prezo nem um pouco. Cometo atos impensados que me envergonharia só de conta-los. Recapitulando meu dia, percebo que não sou mais a mesma. 

Não sei até que ponto isso é bom ou ruim...


Um comentário:

HiperEntropia disse...

A loucura procura-nos porque dela dependemos. Essa insanidade significa movimento, ou um pêndulo que nos devolve temporariamente à "normalidade". Precisamos do contraste, mesmo que isso nos seja doído. Maravilhosa é a loucura produtiva!