28.6.11

Dor


O toque quer se fazer sentido.
Mas o corpo se faz distante.
Mais uma vez, um mal entendido. 
O paladar não mais degusta sabores efêmeros. 
A voz não fala ao ouvido.
O sono se vai.
A mente oscila entre o sensato e o cruel.
Entre os dois, prevalece sempre o que mais foi alimentado com doses de bebida e de conversas fugazes.
Não ouço nem sinto sua respiração.
Não sei se dorme ou se finge.
Nem sei se quero saber.
Uma dor a mais seria funesto.

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