18.11.10

Assim dizia Nhá Lica:
"Seja mansa,  mas seja forte!"


São estas as palavras que me vêm à mente todas as manhãs quando me levanto. 
Mas agora está tudo tão difícil, tão sem saída, me encontro tão sem rumo, sem atitude pra  reverter essa situação, que há tanto me amargura e me entristece.
Estou machucada!
O que hoje vejo no espelho não é mais aquela de 2006... Forte e de alto astral. Sempre fui mulherão, dessas de chamar a atenção, de alma leve com energia exuberante. Aliás, o que hoje se faz de exuberante em mim é a falta de vida, o desânimo, a falta de amor-próprio sem um pingo de autoestima.
Estou cansada de viver! Nada parece ter sentido agora! O tanto que me permiti sofrer! O tanto que permiti que abusassem de minha ingenuidade e pureza de coração. Traições, expectativas, sonhos e promessas que nunca foram cumpridas. Todas jogadas no chão e pisoteadas com desprezo, como algo insignificante.
A um pedido meu, a tua rejeição, a frieza e o descaso no olhar, a falta de interesse, pelo que me interessava. Hoje nem isso há mais, nem interesses, nem amigos. Muito triste tudo isso. Hoje, eu aqui, com quase cinquenta, sem carinho, sem um toque, sem um olhar. O que restou foi somente o seu desprezo, a sua comodidade e o seu sarcasmo. A casa que sempre foi grande e espaçosa, hoje se tornou pequena e apertada.
Diante de qualquer estabilidade, penso que a financeira me faria bem, mas a emocional me transformaria pra sempre!

Você me tolheu de mim mesma!

Ah!... Nhá Lica! 
Saudade dos teus conselhos... dos teus carinhos!





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